Chegou um dos momentos mais importantes da temporada de fantasy pra mim: a retrospectiva, pois é aqui que temos dados consolidados e um retrato fidedigno do ano de NFL/Fantasy que passou!
Este artigo será não só um de vários “brain vomits” que farei sobre minhas previsões e projeções acerca da temporada 2024, como também um espaço para colher resultados e melhorar meus processos de análise. Boa leitura!
(Para quem é assinante/comprou o guia, vai entender a seleção de nomes deste texto)
*PDC: Prestação de Contas
Quarterbacks
Dak Prescott sentiu falta de Kellen Moore? De Tony Pollard? Ou Brian Schottenheimer não faz milagre? Ou eu me iludi com a suposta capacidade de o jogador ser bom o bastante sob quaisquer condições mesmo não oferecendo o jogo terrestre como no começo da carreira?
Apostei que C.J. Stroud manteria eficiência na redzone como pocket passer.
Anthony Richardson teve um ano de grande turbulência que acabou até melhor do que setembro prometía.
Kirk Cousins obviamente não estava pleno fisicamente, mas a qualidade nas decisões diminuiu visivelmente.
Deshaun Watson, em meio a tantos problemas internos e de equipe, não tinha como dar certo.
Will Levis provavelmente não será o titular da semana 1 de 2025 pelos Titans. A franquia provavelmente não quer mais investir nele tendo agora a chance de pegar o próximo melhor prospecto de QB a sair da faculdade.
Running Backs
Christian McCaffrey voltou a ter lesões, e os sinais já haviam surgido na offseason.
Breece Hall foi vítima da bagunça nos Jets, que deixaram Rodgers reinar.
Travis Etienne perdeu o posto de melhor corredor do time para Tank Bigsby e sequer o jogo aéreo o salvou num time sem rumo.
Isiah Pacheco machucou e não pôde ajudar ninguém em 2024.
Zack Moss nunca foi nome certo na posição e não merecia estar alto nos rankings, considerando que havia em Chase Brown um potencial breakout num backfield ambíguo.
Zamir White “herdou” um backfield depois de uma reta final animadora em 2023 mas provou ser pior que Alexander Mattison e Ameer Abdullah; ele foi um novo Dameon Pierce.
Nick Chubb voltou de graves lesões no joelho e não só passou longe de ser o que sempre foi como também do pouco otimismo que eu tinha.
Raheem Mostert e sua sacola de TDs era um candidatíssimo a regressão à média.
Wide Receivers
Convenhamos que é difícil para um WR da cabeça boa chegar ter longevidade em alto nível na NFL. Tyreek Hill, doido das ideias, então…
Marvin Harrison tinha um caminho para ser elite como seu ADP sugeria, porém nem o volume nem sua produção foram suficientes para atender tais expectativas.
Garrett Wilson se manteve relevante após a vinda de Davante Adams aos Jets, mas obviamente a sua importância caiu, fazendo o seu teto de WR1 ser ainda mais volátil.
Seria difícil para D.J. Moore ter teto alto numa situação que comumente é volátil para um WR (QB calouro, boa concorrência).
Deebo Samuel e Brandon Aiyuk não tiveram o mesmo cenário nos 49ers dos últimos anos: Brock Purdy não foi tão efetivo quanto nos dois anos anteriores como titular; Deebo até teve toques no backfield, mas que não resultaram em TDs como antes; por fim, Aiyuk, que fazia má temporada também, se lesionou cedo e também não pôde contribuir para o combalido ataque.
Tank Dell, “amigo” de C.J. Stroud, perdeu espaço e tempo em campo com a vinda de Stefon Diggs e, mesmo com a lesão deste, não se estabeleceu e, graças a uma grave lesão, não completou a temporada.
Amari Cooper parece que só queria muito fugir de Cleveland, pois foi irrelevante em Buffalo após ser trocado no meio da temporada.
George Pickens perdeu jogos, mas, quando jogou, não teve pra si tanto volume e produção quanto poderia enquanto líder de um jogo aéreo. Arthur Smith tem parte nisso? Ou será que Pickens não é elite mesmo?
Michael Pittman Jr. não consegue traduzir target share em pontuação, ele é ineficiente enquanto wide receiver.
Christian Kirk jogou apenas a primeira metade da temporada, mas nunca teve grife na carreira. Brian Thomas, jogador de alto pedigree, assumiu o comando do corpo de recebedores em Jacksonville.
Chris Olave sofreu duas concussões em 2024. Apesar disso, houve apenas bons desempenhos que não justificaram seu ADP nem meu ranqueamento para ele.
Calvin Ridley tinha para si a sombra de DeAndre Hopkins e um QB instável em Will Levis. Mas, mesmo com Hopkins saindo para os Chiefs, faltaram TDs para Ridley alcançar pontuações melhores.
Jaylen Waddle teve um ano pouquíssimo inspirador em Miami e, assim como Tyreek, só gerou prejuízo para quem o draftou.
Tight Ends
Evan Engram entregou poucos jogos e apenas 1 TD, e só uma atuação digna de seu preço.
Kyle Pitts teve números menores que Ray-Ray McCloud em Atlanta, não tem mais como acreditar.
Dalton Kincaid foi vítima da própria hype e desapareceu em plena luz do dia no fantasy.
Jake Ferguson caiu junto com Dak Prescott e não foi efetivo na redzone.
Dalton Schultz como top 15 num ataque cheio de concorrentes foi um erro básico que espero não mais repetir.
Elevei Michael Mayer como consequência de subestimar Brock Bowers, mas os subestimados ficam para outra conversa.
Lições Aprendidas (ou TLDR)
Todos: Desconfiar de picos de eficiência (especialmente entre calouros);
Todos: Fugir de situações instáveis e jogadores lesionados;
Todos: Não demorar a reagir quando um jogador não produz;
RBs: evitar reservas sem jogo aéreo bem demonstrado, serão puros corredores com baixa eficiência;
RBs/WRs: A idade chega para todos, portanto é melhor estar adiantado que atrasado em qualquer skill position;
WR: Nem todo volume é sinal de produção;
TE: privilegiar nomes que efetivamente são pontos focais de seus respectivos ataques (tanto em porcentual de oportunidades quanto de jardas).