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NFL Draft 2025: cinco RBs para ficar de olho

A classe de running backs em 2025 se mostra (pelo menos no campo teórico) empolgante na relação com o Fantasy Football. A posição, liderada por um prospecto geracional, pode trazer retornos dentro de campo a partir de setembro.

Aqui estão cinco jogadores que me despertaram atenção (antes da definição dos seus respectivos clubes no NFL Draft).

Ashton Jeanty

Jeanty pode ser considerado um dos prospectos mais completos ao lado de Saquon Barkley e Bijan Robinson dos últimos dez anos. É um jogador que se encaixa perfeitamente em diversos estilos de ataque e que parece pronto para liderar um backfield de nível NFL.

O desempenho em sua última temporada no College foi incrível, somando 2.595 jardas e 29 touchdowns – com direito a uma eficiência de 6,9 jardas por corrida (YPA) e 5,25 jardas após o contato (YACo/Att). Esses números comprovam uma habilidade de elite em ganhar jardas extras em cada vez que toca na bola.

Outro ponto que me chamou atenção é a capacidade de jogadas explosivas. Ele conseguiu corridas com mais de 50 jardas em 9 de 14 jogos em 2024 – a taxa de 9,4% de breakaway runs na carreira é a quinta melhor da classe.

Mas, afinal, ele também pode funcionar como recebedor? Os números não chamam atenção da mesma forma que as corridas, mas a resposta é sim. Ele teve um YPRR (Yards Per Route Run) de 3,19 em 2023. A média na carreira é de 1,62, segunda melhor da classe.

Há poucas fraquezas no perfil de Jeanty. É indiscutivelmente o melhor prospecto de RB e será impactante em Chicago, Las Vegas, Dallas ou onde quer seja escolhido. Existem algumas preocupações quanto à velocidade, mas demonstrou que tem capacidade de criar jogadas explosivas no jogo terrestre.

É meu 1.01 em todos rookie drafts. E entra na discussão sobre estar presente nos dois primeiros rounds nos demais formatos dependendo do time escolhido.

TreVeyon Henderson

O meu segundo nome a ser destacado é Henderson. O jogador de 1,78m e 92kg é explosivo e pode ser encaixado em uma função próxima a de Jahmyr Gibbs na NFL.

Ele se destacou como calouro, acumulando 1.248 jardas terrestres e 15 touchdowns, além de mais 300 jardas e 4 touchdowns recebidos. Fez isso com uma eficiência de elite, com 6,8 jardas por tentativa (YPA) e 4,31 jardas após o contato (YACo/Att). Após temporadas marcadas por lesões em 2022 e 2023, ele voltou a mostrar eficiência, com 7,0 YPA e 4,43 YACo/Att.

Henderson tem velocidade. Ele liderou a taxa de corridas explosivas (14,5%) em 2024, liderando todos os prospectos dessa classe. O talento como recebedor também é um ponto que chama atenção. São 850 jardas recebidas na carreira, encerrando a faculdade com uma média sólida de 11,2 jardas por recepção.

O principal ponto de preocupação está relacionado ao porte físico. Os números do segundo ano foram bem ruins, com 5,4 YPA, 2,72 YACo/Att, 0,13 tackles forçados por tentativa (MTF/Att).  A taxa de corridas explosivas foi de apenas 5,7%. Os números de tackles forçados, aliás, nunca se destacaram – o que apresenta uma limitação como corredor.

Henderson deve ter uma função próxima de Gibbs justamente por ainda não estar totalmente preparado para uma carga muito grande na NFL. Ele será, provavelmente, mais eficiente com 12 a 15 toques por jogo através dessa velocidade e capacidade de romper jogadas explosivas como recebedor.

Atualmente, ele é meu RB2 por conta do potencial de terminar no top-12 já no primeiro ano, mesmo que divida o backfield em sua futura equipe.

Omarion Hampton

Hampton é um verdadeiro fenômeno físico, com 1,83m de altura, 100 kg e um RAS (Relative Athletic Score) de 9,78 — incluindo um tempo de 4,46s nas 40 jardas. Ele tem um speed score no percentil 93 (111,7) e um burst score no percentil 92 (129,6). Essa combinação de atleticismo vem acompanhada de um perfil de produção de elite: mais de 1.500 jardas terrestres, 15 touchdowns e mais de 4 jardas após o contato por tentativa (YACo/Att) tanto em sua segunda quanto terceira temporada universitária. Seu YACo/Att na carreira (4,01) é o terceiro melhor de toda a classe.

Sua taxa de corridas explosivas (7,9%) não é espetacular, mas é boa o suficiente para um jogador do seu porte — e prova que ele consegue alcançar o segundo nível da defesa. Hampton é um corredor forte e explosivo em linha reta, com capacidade de ganhar muitas jardas após o contato no nível profissional. Ele também mostrou durabilidade e capacidade de carga, superando 250 tentativas de corrida em cada uma de suas duas últimas temporadas na faculdade.

Eu já tive Hampton como meu RB2 e fico alternando com Henderson. Seu número de missed tackles forced por tentativa (0,25 na carreira) é aceitável, mas não impressionante. Isso também aparece no seu tempo decepcionante no teste físico (4,4s). Embora tenha conseguido 1,06 jardas por rota corrida (YPRR) na carreira, não espero que Hampton seja um grande destaque no jogo aéreo no próximo nível. Ele só passou da marca de 0,83 YPRR no terceiro ano, e sua média de 8,8 jardas por recepção é mediana. Ele é atlético o bastante e tem mãos confiáveis para contribuir, mas não deve ser um fator decisivo como recebedor.

O time que o draftar será um fator importante no seu preço de draft (atualmente RB15 em best ball), mas ele tem grande chance de liderar um backfield por conta do atleticismo e porte físico de de elite, fazendo dele uma aposta segura para assumir um papel de 1A ou até de bellcow (RB principal) nos primeiros anos de NFL.

Cam Skattebo

Aqui é de longe o meu running back favorito (motivo: aura). Ele não recebe o amor de tantos analistas, mas é simplesmente muito bom. Skattebo acumulou mais de 1.700 jardas terrestres e 22 touchdowns, além de impressionantes 543 jardas e 3 TDs recebidos no último ano. Foi o segundo running back mais bem avaliado pela PFF nos Estados Unidos, além de sétimo na nota de recepção.

É um jogador com uma boa eficiência na carreira universitária, com 6,2 jardas por tentativa (5º da classe), 0,37 missed tackles forced por tentativa (2º) e 3,95 jardas após contato por tentativa (5º). Assim como David Montgomery, seu perfil como recebedor é extremamente subestimado: ele teve uma média de 1,95 jardas por rota corrida (melhor da classe), e sua média de 1,58 na carreira é a 3ª melhor. No total, foram 111 recepções e uma impressionante média de 11,9 jardas por recepção — números de elite.

A melhor definição para o perfil físico é de um “jogador compacto” por conta da altura (1,75m) e peso (99 kg), mas é justamente isso que gera um equilíbrio de contato e facilita nas explosão das jogadas. Foi um dos melhores em forçar tackles perdidos e também não recebe o devido crédito por conseguir fazer spin moves (5º entre os prospectos no PFF Elusiveness Rating). Para completar, é um ótimo recebedor saindo do backfield.

O ponto mais negativo é a velocidade. Ele correu 4,65s nas 40 jardas no Pro Day, o que, ajustando para o padrão do Combine, equivale a algo próximo de 4,7s. Essa falta de velocidade final limita um pouco do teto. Além disso, ele teve sérias dificuldades como bloqueador em situações de passe na faculdade e, se não melhorar neste aspecto, pode sofrer para ganhar snaps em terceiras descidas.

Há um caminho para Skattebo trilhar o mesmo caminho (pensando em estilo de jogo e físico) do que David Montgomery, James Conner e Bucky Irving. Ele é um “crush draft’ e um alvo na maioria dos formatos. Tudo vai depender do capital de draft.

Kaleb Johnson

Kaleb Johnson e Quinshon Judkins são jogadores em “prateleiras próximas” nos meus rankings. Mas Johnson é, ao meu ver, um dos jogadores com mais potencial de evolução nesta classe. Tem visão de jogo para encontrar os espaços, consegue ler com velocidade as defesas adversárias – inclusive ajudando no bloqueio -, além de ser muito paciente.

Ele tem o tamanho ideal para ser um workhorse e, apesar de ter 1m83 e 102 kg, não “corre pesado”, justamente o que me leva a ter mais confiança em comparação a Quinshon Judkins. Johnson não precisou aparecer muito no jogo de passes por conta do playbook em Iowa, mas quando atuou como recebedor mostrou envergadura e mãos quentes.

É um jogador de 21 anos que produziu 1.725 jardas e 23 touchdowns, mostrando ser muito seguro – tanto que não sofreu nenhum fumble durante a toda temporada (tocando na bola 262 vezes em 12 jogos). É o segundo em big plays (861 jardas) e o quarto em jardas após o contato (1.060 jardas).

É uma classe muito interessante. Jogadores como RJ Harvey, Quinshon Judkins, Damien Martínez e Bhayshul Tuten seriam facilmente citados. Vamos aguardar o capital de draft de cada um para entender ainda melhor o valor para Fantasy Football.

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