Quem me dera ter uma bola de cristal para saber do futuro, investir nos nomes certos, faturar todas as ligas e ainda economizar com buy-ins do ano seguinte… Mas como isso não existe, o jeito é aprender com os erros que, no caso deste artigo, foram minha falta de confiança em alguns jogadores que surpreenderam não só a mim, como também outros managers no fantasy.
Quarterbacks
Ben Johnson conseguiu fazer o ataque de Detroit ser ainda melhor do que já era: Jared Goff atingiu o pico de sua carreira em jardas por tentativa (8.6) e % de TDs (6.9). E o mesmo aconteceu com Liam Coen e Baker Mayfield em Tampa.
Russell Wilson e Bo Nix foram um win-win para Denver: um foi para os Steelers, ganhou a briga com Justin Fields e mostrou bons momentos na temporada, enquanto o outro chegou à NFL fazendo, ao lado de Sean Payton, um trabalho excepcional para um calouro. Nix
Running Backs
Saquon Barkley mostrou sua melhor temporada como “corredor puro” na carreira e uma das temporadas mais impressionantes de um RB no fantasy.
Pensei que Joe Mixon seria menos eficiente em Houston, mas ele entregou boa produtividade, especialmente nos TDs corridos (11).
Rico Dowdle foi um grande erro de processo porque acreditei que Zeke voltaria com espaço e moral parecidos aos de seu contrato de calouro.
J.K. Dobbins, apesar de vir de uma séria lesão no Aquiles, voltou praticamente como se nada houvesse acontecido.
Chuba Hubbard, Zach Charbonnet e Chase Brown aproveitaram bem quando os supostos titulares (Jonathon Brooks, Kenneth Walker e Zack Moss) não jogaram (no caso de Hubbard, Brooks mal pisou em campo).
Wide Receivers
Malik Nabers, Ladd McConkey e especialmente Brian Thomas, calouros, foram nomes que esnobei.
Tee Higgins e DeVonta Smith são jogadores que possuem teto apesar de serem companheiros de “alphas”.
Chris Godwin e Rashid Shaheed foram espetaculares nos Bucs e Saints respectivamente até se lesionarem e ficarem de fora da temporada.
Terry McLaurin sempre foi medíocre (com todo respeito), mas finalmente ganhou um QB que desbloqueou seu potencial, o que trouxe muitos TDs.
Courtland Sutton teve um ano especialmente bom em volume tendo Bo Nix como passador.
Jaxon Smith-Njigba, apesar de ser alguém que eu tinha como candidato a breakout, me surpreendeu. Agora nada impede que ele seja o principal recebedor em Seattle daqui por diante.
Jakobi Meyers, Josh Downs, Quentin Johnston, Adam Thielen, Jameson Williams, Jerry Jeudy, Khalil Shakir e Darnell Mooney foram outros nomes que deixei passar acreditando que as respectivas situações eram desfavoráveis.
Tight Ends
Brock Bowers… este sim é um “talento geracional”. Mesmo quando Davante Adams jogou pelos Raiders, Bowers teve alvos e produção, portanto ele deve ser um tight end à prova de situações em sua carreira.
Taysom Hill estava um super Sayajin sem Rashid Shaheed em campo, mas o próprio Hill se lesionou em definitivo.
Cade Otton (assim como Jalen McMillan) se aproveitou da ausência de Chris Godwin e produziu, especialmente antes de McMillan engrenar de vez.
Jonnu Smith cresceu junto com o retorno de Tua Tagovailoa (concussão) aos campos. Será que a parceria promete mais?
Lições Aprendidas (ou TLDR)
QBs: Com o ADP constantemente se ajustando aos difference-makers, pagar o preço de um konami code (Allen, Jackson, Hurts) é uma tática válida e correta, mas esperar para pegar o próximo overachiever (Nix, Mayfield) na waiver wire também rende frutos.
RBs: backfields ambíguos são uma chave para obter oportunidades (Chase Brown) em situações incertas, mas nem sempre o primeiro RB de um time a sair nos drafts é o melhor (Zamir White).
WRs: Zero-RB (e suas variações) jamais deixará de ser uma tática viável, apesar de o que vimos em 2024. Com tantos RBs indo bem na última temporada, o preço deles vai subir, e alguns bons WRs ficarão mais baratos novamente.
WRs: não é porque essa classe foi muito boa que a próxima também será. Parcimônia na hora de avaliar os próximos rookies em redraft será importante, até porque muitos calouros de 2024 se firmaram cedo e outros veteranos já ocupam espaços na liga.
TEs: Não subestimar o capital de draft especialmente nessa skill position. Pus muitos “bagres” à frente de Bowers que não renderam por “n” motivos, enquanto Bowers, num dos piores times da temporada, produziu como um veterano em um ataque potente.