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NFL Draft 2025: cinco WRs para ficar de olho

Depois de mergulhar na classe de running back, gostaria de destacar cinco nomes da posição de wide receiver para ficar de olho no capital de draft a partir da próxima quinta-feira.

E aqui estão cinco perfis que chamaram atenção deste mero careca (essa coluna deveria ser chamada de 4th & Bald) como prospectos depois de analisar números, vídeos e, claro, ouvir Sideline Talks.

Travis Hunter

É muito difícil colocar Travis Hunter dentro de uma “caixinha”. Estamos diante de um jogador que pode fazer a história jogando dos dois lados do campo. É um talento geracional em termos de separação, com métricas de elite na avaliação de Matt Harmon no Reception Perception. Hunter, quando atua no ataque, tem 137.8 de passer rating – é o melhor da classe. Outro número que me chamou atenção é de contested catch: aproveitamento de 63,3% mesmo jogando 80% dos snaps fora do slot.

Hunter tem um altíssimo catch rate (78,7% com 11,2 de aDOT, ou seja, profundidade média). Acho que o valor do jogador pode disparar se houvesse uma definição prévia sobre seu uso no ataque. É um jogador que pode ser um WR top-12 no Fantasy ou simplesmente não ser usado como WR. É um alto risco para um alto retorno.

Até por isso tenho usado um valor de 1.05 em rookie drafts em ligas de 1QB e atualmente é meu WR40 em best ball devido ao teto alto. Minhas principais preocupações, além da possibilidade de jogar como CB a maior parte do tempo, envolvem uma produção tardia (só explodiu mesmo na terceira temporada) e números sólidos, mas não empolgantes de YPRR e TPRR (2.51 e 24%) no último ano.

Tetairoa McMillan

T-Mac é um dos meus jogadores favoritos de todo draft em 2025. É um jogador refinado, mesmo com um tamanho imponente de 1,93m e quase 100kg, mostrando versatilidade para alinhar em várias posições. McMillan estorou cedo, aos 19 anos, com 700 jardas e 8 TDs como calouro, mas depois mostrou muita consistência. Foram mais de 80 recepções e mais de 1.300 jardas com média acima de 2,75 jardas por rota (YPRR) nas duas temporadas seguintes.

T-Mac é um alfa puro. 44,4% de dominator rating e 30,9% de target share – ambos acima do percentil 90 -, além de ter sido o 5º em todos Estados Unidos em contested catch em 2024 (foram 18 recepções contestadas e aproveitamento de 60%). Vi muitas comparações com Mike Evans, mas vejo semelhanças com Drake London, Tee Higgins e Courtland Sutton. É um jogador muito bom no pós-recepção (forçou 0.35 missed tackles por recepção), mas mostrou dificuldades em rotas verticais (só 48,7% de sucesso em go routes) e na velocidade (4.53 no 40-yard dash).

Tenho T-Mac alto nos rankings, sendo meu 1.02, atrás apenas de Ashton Jeanty em rookie drafts de 1QB, além de WR28 em best ball. Muito curioso para ver qual será seu destino no draft.

Luther Burden III

Eu gosto de Burden jogando futebol. É um atleta que coleciona “polêmicas” por conta do temperamento no vestiário, mas dentro de campo se mostra um recebedor físico e dinâmico, com instintos que me chamam atenção e muita explosão após a recepção. É um Deebo Samuel com rotas aprimoradas ou até mesmo um Kadarius Toney (a versão que deu certo) com tamanho maior.

Burden foi o melhor da classe em tackles forçados após a recepção (0,49 em 2024) – é o segundo melhor entre os WRs desde 2015. Ele se mostrou um playmaker nato desde cedo, acumulando 1.200 jardas e 9 TDs com 3,29 YPRR no segundo ano. Apesar de ser um slot dinâmico (80% dos snaps na posição), ainda gostaria de vê-lo sendo melhor aproveitado em uma árvore mais variada. Até por ser um jogador que consegue vencer em todas as três áreas do campo, tem aceleração rápida e está evoluindo contra a marcação press.

No sistema certo, Burden tem o conjunto de habilidades para ser tornar uma das maiores ameaças da liga após a recepção. A tape mostra que, apesar da busca por um melhor refinamento técnico, é uma peça móvel, que se desmarca facilmente e cria jogadas. Tenho Burden como WR45 em best ball pelo valor de upside. Em rookie drafts tem valor de fim de 1ª rodada.

Emeka Egbuka

Se Cam Skattebo foi minha escolha como “RB de aura” da classe deste ano, Egbuka é o meu voto entre os WRs. Um recebedor muito inteligente que consegue usar o controle corporal para ditar o ritmo de suas jogadas. Ouvi um termo dos colegas do Zona FA (um podcast muito legal para quem gosta de College Football) que Egbuka é “fluído nas quebras de rotas, rastreia bem a bola e consegue se defender dos defensores”.

Só não tenho ele mais alto porque não é tão explosivo quanto outros nomes: 4.49 no 40 e 0.14 em MTF/Rec, se mostrando discreto em produção após a recepção. Certamente será utilizado como um slot confiável. Ele ganhou muito volume em targets curtos, correndo outs, comebacks e corner. Tem uma eficiência interessante de 124.5 passer rating quando alvo (4º melhor da classe) e 25.7% de TPRR. Apesar de lutar na marcação individual (44º percentil de sucesso), foi bem avaliado contra press (92º) e zona (82º).

É um jogador pronto para contribuir nesta função desde o primeiro dia, com potencial de WR2 no longo prazo. Venho buscando Egbuka no fim do 1º round em rookies drafts ou no começo do 2º. WR46 em best ball.

Matthew Golden

Eis aqui o novo Jayden Waddle? Um jogador com velocidade de elite, rotas bem refinadas, capacitado nos três níveis do campo e algumas dificuldades ligadas ao aspecto físico. A temporada no Texas foi muito interessante. Golden conseguiu 86 recepções, 1.212 jardas e 9 TDs – um deles na campanha dos playoffs, quando fez 311 jardas e 2 TDs em jogos consecutivos.

É um velocista que consegue se separar com facilidade, mas ainda precisa melhorar como bloqueador e diminuir os drops. Ele tem as ferramentas para se tornar um WR2 com volume, principalmente alinhando como slot ou Z receiver para atacar defesas em profundidade. Acho que o melhor encaixe seria em ataques com “motion” no pré-snap. Tenho Golden dentro do meu top-50 dos WRs em best ball e fim do 1º round/início do 2º em rookie drafts.

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