Quando falamos de sleepers, nós estamos nos referindo a jogadores que dão esperanças de uma produção, mesmo que seja ao longo de uma evolução na liga, ainda considerando o time que irá selecioná-lo.
É bem fácil destacar que em todos os drafts temos aqueles considerados como sleepers; e é ainda mais fácil notar que alguns desses sleepers não conseguem uma evolução que os faça figurar como um jogador produtivo na liga. Apesar disso, as escolhas tardias no draft ainda rendem jogadores com valor e produção maior do que era projetado.
É importante ressaltar que os jogadores que são atribuídos à categoria “sleeper” englobam alguns atributos e habilidades em sua avaliação (braço forte, precisão e mobilidade nos quarterbacks, velocidade e agilidade nos wide receivers e agilidade combinada com um bom jogo corrido, sabendo receber passe nos running backs). O ponto é: raramente aquele jogador que chega muito subdesenvolvido da universidade, com pouca produção (sobretudo em conferências mais fracas) entrará nesse grupo.
Em vista disso, como dito anteriormente, o destino do jogador ainda é bastante significativo, uma vez que a comissão técnica, o elenco, a cidade e fãs serão determinantes para o desenvolvimento do atleta.
Quarterback
1 – Kellen Mond – Texas A&M
A posição de quarterback tem uma alta procura nesse draft de 2021. Os times com as primeiras escolhas devem conseguir o seu quarterback, porém algumas outras franquias – de picks mais tardias – ainda terão dúvida na posição e poderão buscar Mond nos próximos dias do draft.
O QB de Texas A&M tem uma constante precisão em seus passes, conseguindo acertar o recebedor em bolas importantes e difíceis. Ele ainda conta com um braço talentoso, sendo capaz de fazer lançamentos longos. Seu conservadorismo durante o jogo e uma falta de evolução após os anos no college colocam uma dúvida no seu valor significativo no draft.
Times como Saints, Steelers, Bears e Washington podem buscar Mond em uma terceira ou quarta rodada. Se conseguir uma adaptação e entendimento da lapidação, poderá conseguir um espaço nessas franquias que procuram por seu franchise QB.
2 – Jamie Newman – Georgia
Jamie Newman conta com duas características bem importantes quando se trata de quarterbacks bons na NFL. Seu atleticismo e braço forte, capaz de lançamentos longos, o fazem um prospecto atrativo em rodadas finais.
Newman fazia parte de um sistema em Wake Forest muito simples e confortável para ele. Precisará de uma lapidação técnica em quesitos que ele não era exigido na universidade. A evolução nos passes curtos/médios, melhora na leitura das jogadas e aprendizado de um sistema mais complexo, poderão projetá-lo como futuro titular na liga.
3- Davis Mills – Stanford
Mills tem em seu tape passes precisos, quase sempre em média e curta distância. Ainda é possível notar o touch que o QB consegue colocar em seus lançamentos.
Apesar disso, ainda falta um pouco de progressão dentro do pocket e melhora nas leituras pós-snap. Mills consegue produzir algo no padrão, e se introduzido num sistema em que ele se encaixa, principalmente com passes curtos, ele poderá ter um valor em uma franquia da NFL.
Running backs
1 – Javonte Williams – North Carolina
Algumas pessoas devem estar se perguntando por que Javonte Williams marca presença nessa lista. O running back de North Carolina tem atributos para ser o corredor mais equilibrado da classe. Ele possui uma grande força física, que favorece a quebra de tackles. Ainda é perceptível em seu jogo a facilidade para a leitura de gaps, conseguindo correr nos melhores espaços do campo. Fora que Williams dispõe da habilidade de receber bolas.
Em vista disso, Javonte possui o talento para ser um running back de primeira rodada. Porém, ele está sendo atribuído, tanto por analistas quanto fãs, a uma segunda rodada. O time que consegui-lo num segundo dia de draft terá um grande steal em suas mãos.
2 – Kylin Hill – Mississipi State
Kylin Hill é dono de atributos valiosos para um running back de sucesso na liga. Ele conta com uma aceleração e atleticismo que poderão o transformar num jogador explosivo. Hill ainda foi bastante utilizado no passing game, sendo esse outro atrativo em seu jogo.
O ano de 2019 o credencia também como um bom corredor. Ele atingiu a marca de 1350 jardas e 10 touchdowns. Nota-se uma falta de percepção de gaps, perdendo oportunidades de avanços mais limpos.
A boa produção aérea deverá ser bastante atrativa, já que as franquias da NFL estão, cada vez mais, procurando running backs que possuem esse atributo no seu jogo.
Wide Receivers
1 – Amari Rodgers – Clemson
Rodgers é um recebedor que tem grande parte de sua carreira no college jogando no slot. Possui uma boa velocidade e agilidade, que facilitam na explosão e conquista de jardas após a recepção. Rodgers corre rotas maravilhosas e consegue a separação utilizando-se de bons releases e moves.
A lesão de ligamento no joelho é o grande fator que põe dúvida na sua carreira na NFL, assim como a sua altura. Todavia, Rodgers possui características essenciais para ser um jogador produtivo na liga.
2 – Dyami Brown – North Carolina
Separação em rotas verticais e uma grande velocidade são os melhores atributos de Dyami Brown. Ele ainda conta uma grande fluidez nas quebras, além de um bom release para conseguir a separação do cornerback já na linha de scrimmage.
A grande dúvida no jogo do Brown são os seus drops. O recebedor não é dono das melhores mãos e isso poderá afetar seu desempenho na NFL, se não corrigido.
3 – Tylan Wallace – Oklahoma State
O grande destaque no jogo de Tylan Wallace fica na inteligência do jogador, que utiliza desse atrativo para conseguir recepções em janelas de passes. O WR ainda traz no seu jogo uma agilidade de elite que proporciona separações nas rotas. A grande produção em 2018 é um grande chamativo. O recebedor alcançou a marca de 1491 jardas e 12 touchdowns. O grande ponto para Wallace é se manter saudável na liga.
O final da 2ª rodada e toda a 3ª serão os possíveis momentos em que os três wide receivers citados serão escolhidos. Franquias que necessitam de profundidade como Oakland Raiders, Tennessee Titans poderão ser o futuro desses jogadores.
Tight End
1 – Hunter Long – Boston College
Profundidade é algo que não temos nessa classe de tight ends de 2021. Apesar disso, Hunter Long é um jogador para se observar já que ele dispõe de uma altura e peso incríveis, com um porte físico perfeito para a posição. Tem ainda uma boa velocidade e consegue separação na linha de scrimmage com sua envergadura e mãos firmes.
Necessita um desenvolvimento nas suas rotas e em seus bloqueios. Pode ser uma escolha de quarta a quinta rodada para times que precisam completar a posição.
