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Ranking BRFF 2.0: Top 10 QBs

Para 2021, o consenso quando se trata de ranquear quarterbacks é que existe um top 5 muito claro e que depois disso a situação fica mais embaçada. A nossa redação concorda com esse consenso. Os cinco QBs do topo (Mahomes, Allen, Murray, Prescott e Jackson) foram consistentes estando no top 5 do ranking individual de quase todos os nossos redatores, e são escolhas que trazem pouco risco.

Depois do top 5, todas as escolhas passam a vir com algum risco. A queda do nível após o quinto colocado é notável, sendo que os quarterbacks passam a ter tanto chão quanto teto mais baixos. Por isso, assim como no ano passado, pagar caro por um quarterback não parece ser uma ideia tão ruim nesse ano. Se em 2020 os QBs do top 7 em ADP (Mahomes, Jackson, Prescott, Murray, Wilson, Watson, Allen) não decepcionaram, em 2021 o top 5 transmite segurança para quem lhes draftar.

Dito isso, vamos aos rankings!

10 – Matthew Stafford, Los Angeles Rams

O bom: Sean McVay é uma das mentes mais brilhantes da NFL. Com o fraco Jared Goff de QB, conseguia ter um ataque top 10 ano após ano, inclusive tendo o melhor ataque da liga em 2017 e 2018. Goff foi o QB12, QB6, QB13 e QB20 nos seus 4 anos jogando nesse esquema. E sejamos sinceros, Stafford é um quarterback muito melhor que Goff. Por isso, tenho confiança que esse ataque será top 5 em 2021 e acredito que uma temporada com 40 TDs de passe para Stafford é muito possível.

O ruim: Stafford é um quarterback imóvel, não soma pontos correndo. Além disso, não passa para mais de 30 TDs numa temporada desde 2015. Alguns criticam que embora Stafford seja constantemente avaliado como “subestimado”, já tem 33 anos e ainda não se firmou como QB de primeiro escalão.

9 – Tom Brady, Tampa Bay Buccaneers

O bom: Brady foi o QB7 em 2020, e agora o ataque dos Buccaneers retorna todos os seus titulares, o Head Coach e também o coordenador ofensivo. Além disso, esse é o segundo ano de Brady no esquema de Arians, o que nos permite supor que ele estará melhor adaptado. Por fim, Antonio Brown agora terá uma offseason inteira jogando com o GOAT, o que traz ainda mais potencial para esse corpo de WRs, que provavelmente é o melhor da liga. 

O ruim: Brady agrega muito pouco correndo com a bola, então necessariamente tem que ter uma temporada fantástica como passador para justificar seu ADP. Ademais, se trata de um QB com 44 anos. Ele é o maior de todos os tempos, sim, mas 44 anos é muita idade para um jogador.

Quando Tom fez 41 nós já começamos a nos preocupar com seu declínio, que não veio, mas ele pode estar chegando agora. Eu gosto de lembrar do caso de Peyton Manning: ele teve uma das melhores temporadas da história aos 37, quase foi All-Pro aos 38… mas aos 39 virou reserva para Brock Osweiler e terminou a temporada com 9 TDs e 17 INTs! O “Pai Tempo” ainda continua imbatível.

8 – Aaron Rodgers, Green Bay Packers

O bom: assim como Brady, Rodgers tem situação muito parecida com aquela que vivenciou em 2020, então, em tese, tem tudo para repetí-la. O MVP de 2020 foi o QB2 no fantasy, marcando incríveis 48 touchdowns. Seu corpo de WRs está mais recheado com as chegadas de Randall Cobb e Amari Rodgers, e agora Robert Tonyan entra no seu segundo ano jogando na posição de tight end.

O ruim: Será que a falta de motivação pode atrapalhar? Para uma personalidade como a de Aaron, o desinteresse pode ser um fator determinante. Ano passado muito se dizia na offseason que Rodgers estaria super motivado para provar novamente que era um QB top 3 da NFL, já que estava em baixa, e que a chegada de Jordan Love só o motivava mais. Esse ano, talvez seja o QB menos motivado entre os 32 titulares da liga.

7 – Russell Wilson, Seattle Seahawks

O bom: Este que vos escreve tem Russell Wilson como QB6 para 2021, e o coloca mais próximo da prateleira do QB5 do que do QB7. O motivo? Acredito que Russ irá cozinhar esse ano. A história de Wilson na offseason é que ele estava super insatisfeito e pediu para ser trocado, mas depois de um tempo desistiu de sair, mostrando felicidade e enchendo o novo coordenador ofensivo de elogios.

O que Seattle fez para que Wilson mudasse de postura? Difícil saber ao certo, mas meu palpite é que garantiram para Wilson que o novo esquema seria muito mais apoiado em passes e que lhe permitiria disputar o inédito prêmio de MVP.

O ruim: Pete Carroll está dizendo repetidamente que quer correr com a bola, dizendo inclusive que o objetivo não é correr menos vezes em 2021, mas correr melhor e com mais eficiência. Será que isso é só conversa mentirosa de treinador? Além disso, Russ teve uma segunda metade de temporada desastrosa em 2020, sendo o QB18 no período.

6 – Justin Herbert, Los Angeles Chargers

O bom: Herbert parece ser um futuro superstar na NFL. Ainda como rookie, jogou muito bem, colocou o time nas costas e ganhou jogos sendo um ótimo playmaker. Se ele tiver um salto de produção em seu segundo ano, já se firma como um dos melhores QBs da liga. Ainda, há a esperança de que ele corra mais com a bola em seu segundo ano. Afinal, ele é maior, mais pesado e mais rápido que Josh Allen, mas correu para 190 jardas e 3 TDs a menos que o QB dos Bills.

O ruim: Depois de apenas um ano na liga, ainda não dá para confiar completamente em Justin. Baker Mayfield foi um exemplo de QB que teve ótimo ano de calouro e por isso foi draftado como QB4 no fantasy em seu segundo ano, somente para decepcionar e terminar como QB18.

Não inspira confiança o fato de que a pior parte da temporada de Herbert tenha sido os seus últimos 6 jogos. Por fim, não vemos muitos casos de jogadores que iniciaram a carreira correndo pouco com a bola para depois virar um grande corredor.

Se Herbert não correr muito com a bola, ele terá que ter uma temporada de passador top 5 na liga para justificar seu ADP. Algo do nível de Rodgers e Brady em 2020. Temos confiança de que ele consegue fazer isso? Eu não tenho, por isso Herbert é meu QB9, e minha maior aposta de bust na posição de quarterback.

5 – Lamar Jackson, Baltimore Ravens

O bom: Lamar Jackson teve 1000 jardas corridas e 7 TDs corridos pelo segundo ano seguido em 2021, coisa que lhe dá um chão absolutamente alto para fantasy. Em 2020 ele teve apenas 2750 jardas de passe, mas ainda assim fez 330 pontos, o que é uma média de mais de 20 pontos por jogo. Ademais, Lamar Jackson agora tem um corpo de WRs muito melhor do que em 2020: Hollywood Brown entra no ano 3 da carreira e ainda está evoluindo; Rashod Bateman e Sammy Watkins substituirão Willie Snead e Miles Boykin.

O ruim: Será que podemos confiar que Lamar Jackson terá tantos TDs de passe quanto os 36 e 26 que teve nos últimos 2 anos? Muitos ainda não estão completamente convencidos do seu talento como passador (não é o meu caso), e todos têm que admitir que uma temporada com menos de 25 TDs de passe é uma possibilidade real. Ainda há a chance de os Ravens diminuírem o número de corridas de Lamar, coisa que tentaram fazer no início de 2020, mas desistiram devido ao fracasso que a tentativa foi para o ataque do time.

4 – Dak Prescott, Dallas Cowboys

O bom: O início de Dak em 2020 foi avassalador. Nos 5 jogos antes da sua lesão sua média foi de 31 pontos por jogo, ritmo que lhe daria a melhor temporada de fantasy da história caso mantivesse a média por 16 jogos. Os fatores que lhe possibilitaram esse início continuam em Dallas: o corpo de WRs sensacional, a boa OL, Zeke Elliott, Kellen Moore como coordenador ofensivo, defesa ruim que obriga o ataque a passar muito a bola. Mas o fator-chave, e subestimado por todos, que possibilita esses números a Dak é o ritmo rápido em que o ataque joga: Dallas joga no pace mais rápido da NFL, por isso é o time que consegue ter mais jogadas por jogo quando Dak está saudável. Mais jogadas, mais pontos em fantasy!

O ruim: sem dúvidas, a questão do seu retorno daquela lesão terrível. Felizmente, a lesão de Dak foi mais feia do que realmente é grave, tanto é que Dak voltou aos gramados mais rápido do que Joe Burrow após sua lesão no joelho. Fisicamente, Dak já está 100%. E mentalmente? Analistas dizem que a parte mais difícil de voltar de uma lesão desse porte é o aspecto mental: criar a confiança de manter os olhos downfield, de tomar pancadas novamente, ser tranquilo no pocket e conseguir fazer as progressões.

3 – Kyler Murray, Arizona Cardinals

O bom: Kyler foi o QB3 em 2020, marcando incríveis 11 TDs terrestres além das 819 jardas corridas. E ele não é mau passador: é preciso e quase conseguiu 4000 jardas de passe já no seu segundo ano de liga. Agora, chegam AJ Green (que vem jogando muito bem no training camp) e Rondale Moore para melhorar as armas do ataque. E Kliff Kingsbury, no ano 3, já está completamente adaptado à NFL. A tendência é que Kyler cresça como passador.

O ruim: O próprio Kyler Murray já declarou que quer correr menos com a bola em 2021, e que quer que o time use as suas pernas mais como um recurso extra do que como uma necessidade. Para fantasy, isso é terrível. Se Kyler tivesse tido os seus números como corredor de 2019 (544 e 4 TDs) em 2020, ele teria terminado o ano apenas como QB11 ao invés do QB3 que foi.

2 – Josh Allen, Buffalo Bills

O bom: Allen foi o QB1 do ano passado, e se vê num cenário quase idêntico ao que se encontrava no seu ano de breakout. Todas as suas armas continuam as mesmas (com exceção de John Brown, substituído por Emmanuel Sanders) e o coordenador ofensivo, Brian Daboll, também continua. Daboll é um dos melhores OCs da liga, e já disse que quer que o Bills continue sendo o time da NFL que mais passa a bola em cenários neutros de jogo. Ou seja, correr só quando muito necessário.

O ruim: O jeito mais fácil cair na armadilha de draftar um bust é pagar caro num jogador que nunca produziu no nível que seu preço indica. O segundo jeito mais fácil é pagar caro naquele jogador que só produziu bem numa única temporada entre várias que jogou. É o caso de Allen. Ele foi um passador muito abaixo da média nos seus dois primeiros anos de NFL, antes de impressionar em 2021. QBs regredirem após anos dignos de MVP é algo extremamente comum. Só nos últimos 5 anos, tivemos Cam Newton em 2016, Matt Ryan em 2017, Carson Wentz em 2018, Lamar Jackson em 2020.

1 – Patrick Mahomes, Kansas City Chiefs

O bom: Mahomes jogou apenas 46 jogos de temporada regular na carreira e já entrou na discussão sobre quem é o QB mais talentoso da história da liga. E é claro que ter Tyreek Hill, Travis Kelce e Andy Reid nos Chiefs o ajudam demais. Para 2021, a OL dos Chiefs está repaginada e promete qualidade maior que a de 2020. Mahomes é o quarterback mais seguro do fantasy. E seu teto também é altíssimo.

O ruim: O preço é muito caro. Mahomes é o meu QB1, mas tem ADP por volta do round 2 ou 3, o que é muito custoso para mim. Eu prefiro o custo-benefício de draftar qualquer um entre Allen, Murray, Dak, Lamar ou Wilson em seus ADPs muito mais atraentes. Mahomes está sendo draftado muito antes do QB2, ao passo que eu acho o seu valor pouco maior que o do QB5.