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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 11

Rookies! Na introdução de hoje eu queria falar sobre aquela que é a estatística de fantasy mais impressionante que eu já vi, que diz respeito sobre a evolução dos rookies ao longo do ano. Ela confirma aquilo que já era esperado pelo nosso senso comum: rookies pontuam melhor na segunda metade da temporada.

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 10

Regressão à média! Essa é a palavra de ordem da semana após o jogo fantástico de Joe Mixon. Se você tinha Mixon no time, improvável que tenha perdido sua semana. Mas os sinais do RB crescendo estavam lá: Mixon liderava a liga entre os RBs em volume (expected fantasy points), mas a produção ainda não tinha vindo. Só que regressão à média sempre vem.

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 9

Na coluna de hoje, todos os jogadores citados para compra e venda se referem a temporada de redraft, como sempre é. Mas na introdução, vou sair do tema de redraft e falar sobre trades em Dynasty! Ou melhor, sobre como fazer boas trades em Dynasty a partir de uma análise da temporada redraft.

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 7

Como prever corretamente os jogadores que serão top 12 na sua posição até o fim do ano? Essa é a pergunta de um milhão de dólares. A partir do momento que previrmos corretamente, poderemos conseguir as trades certas e colocar o máximo desses jogadores top 12 no nosso time. O problema é que é muito difícil acertar essa previsão.

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 6

O tema da introdução da semana é aquele que eu gosto de falar sobre sempre que possível… RBs handcuffs! Muito úteis para os times fortes que querem uma chance de tornar o seu time imbatível, interessantíssimos para os times fracos que precisam apostar em tickets de loteria que levantem seus times. E agora é a melhor época do ano para adquirí-los!

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada: Semana 5

Proposta de trade: Ja’Marr Chase e Mike Williams por Cooper Kupp, o que acham? Penso que é uma proposta difícil de analisar, e, sinceramente, não tenho certeza qual lado a maioria das pessoas preferiria. Mas minha resposta certamente é o lado do Kupp, e para chegar nessa conclusão utilizo um recurso que uso demais em trades e queria apresentar para quem não o usa em trades: as projeções.

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ADP Experts Brasil – Fevereiro/2022

Foi com muita alegria que, ao lado de nossos amigos e parceiros do Fantasy BR e Fantasy Futebolista, nós realizamos, neste mês de fevereiro, os primeiros drafts de best ball para a temporada 2022, incluindo calouros!

Confira a lista completa de nomes que saíram e suas posições médias de draft (ADP):

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Valor de troca e Ranking para o resto da temporada – Semana 3

Fala, leitor! Se essa é a sua primeira vez lendo a nossa coluna semanal sobre valor de troca, sugiro que leia, antes disso aqui, o texto da semana passada. Nele, há uma introdução que eu considero importantíssima que fala sobre a janela de oportunidade das primeiras semanas da temporada e dos benefícios de ser um jogador agressivo no fantasy. É depois de ter lido aquela introdução que você fará o máximo proveito desse texto de hoje. Então bora lá!

Devido ao que eu considero um ultra-conservadorismo, a maioria dos jogadores de fantasy evita fazer trades nas primeiras semanas do ano. Na semana 1, jamais, e na semana 2, dificilmente. Um amigo (que gosta de trades) que adotava essa postura já me justificou que preferia esperar até a semana 3 acabar, pois era nesse ponto da temporada que conseguia traçar conclusões mais certeiras a respeito dos jogadores. 

O que eu lhe aconselhei é que adiantasse seu relógio de trades em uma semana, já começasse a tentar tirar suas conclusões após a semana 2 e já propusesse algumas trades. O motivo é até simples: o bom jogador de fantasy já identifica os padrões e tendências após a semana 2 e já ajusta seus rankings, enquanto a maioria dos seus adversários, conservadores, demora uma semana a mais para isso. 

Se algo de importante aconteceu na semana 1, você passa a ter uma forte suspeita de um padrão. Se isso se repete na semana 2, você já deve concluir que há uma tendência que irá ser mantida, assim estará certo na grande maioria das vezes. A semana 3 viria apenas como confirmação, ratificando uma conclusão que já existia há 7 dias.

No entanto, é importantíssimo destacar que quando falamos de identificar os padrões, não estamos falando da pontuação total do jogador em cada semana, mas do modo como ele produziu. Você deve analisar os meios, não o fim. É analisar snaps, targets, target share… e não apenas duas pontuações altas que vieram por touchdowns longos em duas semanas consecutivas. 

Se Mike Williams – que ao longo da carreira era usado em profundidade e tinha a média de seus targets sendo de 15.5 jardas – teve 12 targets na semana 1 e esses targets, em média, eram de 10.1 jardas, você suspeita que houve uma mudança importante para o fantasy. Mas até ali você só tinha 1 jogo para analisar, poderia ser apenas acaso, casuística, e não uma novo tendência. 

Eis que, na semana 2, Mike Williams tem 10 targets e eles tinham média de 9.6 jardas. Agora você já tem um padrão. Deve concluir que Mike já é, e continuará sendo, um jogador de muitos targets e que seus targets são, e continuarão sendo, tão curtos quanto o de Keenan Allen. 

Mas a grande maioria dos adversários é conservadora ao ajustar os rankings, e tem medo de valorizar Williams, que era draftado por volta do WR45, como WR25 já na segunda semana. Preferem esperar a terceira semana – que irá, sim, confirmar o padrão já visto nas duas primeiras semanas – para isso. E é aí que entra a sua janela de oportunidade da semana 2!

Ou seja, você já tem informação suficiente para tirar conclusões que estarão, na grande maioria das vezes, corretas. Mas a comunidade do fantasy demora um tempinho a mais para reagir corretamente às surpresas das semanas 1 e 2. É o que eu disse no texto da semana passada: todos estão super preocupados em não superestimar os acontecimentos do início do ano, e poucos se preocupam em não subestimá-los demais.

E é por isso que o momento após a semana 2 é o meu favorito do ano para trades. Nesse ponto, eu já me sinto bem confiante nas conclusões (o que acontecia num grau muito menor há 7 dias) e ainda existe uma boa janela de oportunidade (que some após a semana 3).

Então vamos lá!

JOGADORES PARA COMPRA

Compra da Semana – Darrell Henderson, RB

Darrell Henderson é um potencial league-winner.

O que é isso? É aquele jogador que está precificado conforme a sua produção mais provável, mas que possui um potencial extremamente alto que não está refletido no seu preço. Antonio Gibson no pré-draft é um bom exemplo. O cenário mais provável para ele era o que estamos vendo nesse início de temporada, ou seja, ser um bom RB que joga 65% dos snaps mas vê McKissic roubando muitos targets. Esse papel de Gibson o coloca hoje como RB12-14 para o resto do ano, e era exatamente o preço que ele custava no pré-draft. No entanto, havia alguma chance de ele usurpar McKissic no jogo de passe e ser um RB de 80% dos snaps. Nesse caso, ele seria um RB top 5 no ano, um cara que te ganharia a liga. Um league-winner.

Você pode até pensar que todos jogadores tem, cada um, seu próprio potencial alto, mas isso não é bem verdade. Josh Jacobs e Myles Gaskin, por exemplo: os dois custavam o mesmo preço e provavelmente produziriam parecido, mas o “super-teto” do Jacobs era bem baixo, enquanto Gaskin tinha, sim, potencial de league-winner caso tudo desse certo pra ele. E é isso que você deve pensar, em quão grande seria a produção do jogador caso tudo desse certo para ele. Uns têm mais do que outros.

E é por isso que Henderson é o buy da semana!

Darrell Henderson jogou 94% dos snaps na semana 1 e estava tendo utilização parecida na semana 2 antes de se lesionar e sair do jogo. O cenário mais provável daqui para a frente é que ele passe a dividir mais trabalho com Sony Michel conforme este aprender o playbook, e que esse backfield se torne uma divisão em torno de 65% e 35% para os dois. E o preço de Henderson, RB 18-20, reflete isso. O preço de um RB com essa divisão de trabalho num bom ataque é este.

Mas e se a divisão de trabalho não mudar? Então Henderson seria um RB bell-cow num ataque top 3 da liga, jogando num time que gosta de correr com a bola perto da endzone. Nesse caso, Henderson é um RB top 8, no mínimo, um jogador top 12 no ranking geral. Esse é o cenário que os mais apaixonados por Akers esperavam quando o draftavam no top 10 de RBs antes da sua lesão. E quanto provável é esse cenário? Eu colocaria em uns 25% ou mais, afinal, se Sony Michel chegou nos Rams dia 25 de agosto e no jogo do dia 19 de setembro não jogou mais de 10% dos snaps… não sei se seus snaps aumentarão tanto assim algum dia.

Mike Davis, RB

Leu a introdução e lembra do que eu falei sobre procurar os padrões nos meios, e não no fim? Pois é. Davis tem média de 70% dos snaps nessas duas semanas e nesse período teve 13 targets! A pontuação não foi boa, mas é difícil para um RB pontuar bem contra Buccaneers e Eagles, dois times fortíssimos contra a corrida devido a linhas defensivas fortes. A maré tende a virar, e eu confio em Arthur Smith. Por fim, Cordarrelle Patterson não me assusta muito, pois não acredito que algum técnico na NFL queira lhe dar mais de 10 toques na bola por jogo, ele não é esse jogador.

James Robinson, RB

O ódio contra James Robinson saiu do controle! Na semana 1, James teve boa utilização, jogando 64% dos snaps e tendo 6 targets. Na semana 2, teve 3 targets (número ok) mas seus snaps aumentaram para 73%, número top 12 na liga. O volume está aí, e a eficiência no jogo corrido não é ruim (4.5 jardas por carregadas), devido à OL subestimada do time. Só esse volume já lhe coloca na faixa de RB22-25, e seu preço parece estar mais baixo que isso devido à desconfiança com Urban Meyer, que atualmente lidera o pior ataque da liga. E se é que você me permite confessar, eu confio em alguma melhora para esse ataque, pois, no papel, é um ataque top 20 na liga.

Elijah Mitchell, RB

Finalmente os jogadores de fantasy parecem ter aprendido que Kyle Shanahan é imprevisível. Mas acredito que agora estão desconfiando até demais. A principal competição de Mitchell para as próximas semanas serão RBs fracos que estavam sendo rejeitados por toda a NFL e que ainda não sabem o playbook. Sabemos que Shanahan gosta de Mitchell (ele era o RB2 no depth chart da semana 1), que o ataque corrido dos 49ers é dos mais produtivos da NFL, que a competição para Elijah é ridícula. Então por que ele tem preço de RB30? Nesse momento, não há dúvida alguma sobre quem será o RB1 dos Niners. O piso de Mitchell no curto prazo é de RB2 baixo.

Brandin Cooks, WR

Brandin Cooks é cotadíssimo para liderar a NFL em target share. Até agora, ele tem 21 targets e o Texans tentou 62 passes, o que lhe dá um target share de 33% (para referência, os líderes ao fim do ano costumam ter 29%). Não serão targets de qualidade, mas serão muitos. E como o Texans deve estar sempre atrás no placar, o time deve passar a bola mais do que gostaria. Além disso, o ataque se mostrou mais funcional do que esperávamos, tendo média de 29 pontos por jogo até agora. Com Davis Mills, o ataque cairá, com certeza, mas Brandin continuará recebendo muitos targets – dos 18 passes que Mills tentou, 9 foram para Brandin. Cooks tem 41 pontos em 2 jogos, mas alguns GMs querem vendê-lo após a lesão de Tyrod (que não deve ficar nem 5 semanas fora). Aproveite e adquira essa produção segura.

Amari Cooper, WR

Assim como Henderson, Amari Cooper pode ser um league-winner. O cenário mais provável para ele é terminar entre o WR10 e WR15 no ano, mas se tudo der certo para ele, o potencial é sensacional. Eu acredito que Amari seja o WR1 do Cowboys (joga mais snaps, tem mais anos de liga e muito mais química com Dak do que CeeDee Lamb), e se eu estiver correto, Amari deve terminar o ano no top 8 de WRs. Não consigo dar certeza, pode ser que Lamb seja o alfa, ou, no cenário mais provável de todos, que os dois sejam igualmente produtivos. Mas mesmo nesses cenários pessimistas, Amari ainda entra no meu ranking top 12 para o ano, porque o Cowboys vai passar muito a bola e joga num pace muito rápido, tendo muitos snaps por jogo. Por fim, vai que Gallup não volta bem da lesão e não puxa tanta produção assim…

Outros jogadores para compra:

Josh Allen (mesmíssima situação de 2020, compra na baixa, enfrentou boas defesas), Russell Wilson (pode ser MVP, deve ser top 3 na liga em TDs), Alvin Kamara (20 carregadas na semana 1, teve isso uma outra vez na carreira, Payton está lhe poupando menos), Joe Mixon (bell-cow, 80% dos snaps num bom ataque), D’Andre Swift (é o Ekeler mais barato), James White (50% dos snaps num jogo em que o Patriots atropelou, 13 targets no ano), AJ Brown (é alfa, a produção virá), Robert Woods (ataque ultra-produtivo, há targets suficientes para 2 WRs), Kenny Golladay (talentoso, nunca precisou de muitos targets para produzir), DJ Chark (a defesa ruim dos Jaguars obrigará o ataque a passar demais, concentrando nos WRs), Darren Waller (mais próximo do Kelce do que do Kittle), Kyle Pitts (calouros só vão evoluindo ao longo do ano), Tyler Higbee (snaps e rotas continuam excelentes, ver texto da semana passada), Mike Williams (mesmos motivos da semana passada), DeVonta Smith (era buy na semana 1 e teve muitos targets e air yards na semana 2).

JOGADORES PARA VENDA

Venda da Semana – Antonio Brown, WR

Já ouviu falar do Efeito Âncora? É um viés cognitivo que o ser humano apresenta que lhe faz atribuir um peso maior à primeira informação que lhe foi apresentada do que às outras. “A primeira impressão é a que fica”. E apesar de Antonio Brown não ter ido nada bem na semana 2, ele detonou na semana 1. Talvez seja por isso que ele anda tão bem cotado em rankings que eu vejo por aí, geralmente figurando entre o WR27 e WR30. Bom, Antonio Brown é meu WR38.

Uma análise mais aprofundada nos revela que Brown tem médias de 6 targets e 13.2 pontos por semana, números apenas razoáveis. E ele atingiu esses números em jogos em que o ataque de passe de Tampa Bay foi esplêndido, algo impossível de se manter no ano inteiro. Ora, os adversários foram Atlanta e Dallas, talvez as duas piores defesas contra o passe entre os 32 times. A target share de AB foi de 13,9%, péssimo número. Infelizmente, a ascensão de Gronk acaba prejudicando Brown, pois ele é mais uma estrela para dividir os targets finitos deste ataque. E os próximos jogos de Tampa? LAR, NE, MIA, PHI, CHI, NO, BYE, WAS… defesas bem mais difíceis que Atlanta e Dallas, não é?

Damien Harris, RB

Tudo o que você precisa saber é que num jogo com game-script perfeito para ele, em que os Patriots atropelaram os Jets, Damien teve apenas 43% dos snaps e correu 16 vezes com a bola, pontuando 13.4. E o Patriots não irá atropelar todos seus adversários assim. Ao contrário, me parece ser um time de campanha 9-8. Se James White jogou mais snaps que Harris nesse jogo em que o Patriots venceu, o que esperar do confronto contra o Buccaneers, na semana 4? Além disso, Rhamondre Stevenson pode crescer durante o ano e roubar um pouco dessa produção corrida de Damien, que não oferece quase nada no jogo de passe. Próximos jogos são contra as ótimas defesas de New Orleans e Tampa.

Jonnu Smith, TE

É, amigos, eu estava errado. Quem me acompanhava antes do draft sabe que Jonnu era o meu principal sleeper para tight ends, e agora ele não está nem no meu top 12 da posição. Acontece que Jonnu está bloqueando mais do que eu previ, e, consequentemente, correndo menos rotas que o necessário para fantasy. Idealmente, você quer que seu tight end corra rotas em 75% dos passes que seu time tentar. E, bom, Jonnu correu 60% na semana 1 e 40% na semana 2. Na semana 2, ele só correu rotas em 12 snaps! No entanto, ele teve 5 targets entre essas 12 rotas, o que nos mostra que o Patriots está esquematizando jogadas para colocar a bola nas suas mãos, o que seria muito positivo… se ele também conseguisse mais targets de outras formas.

Enfim, Jonnu se encaixa naquele grupo de tight ends que eu odeio: produção de TE10-15, com potencial baixo. Não gosto, pois essa produção é fácilmente igualada por Streaming de TEs e porque a diferença entre o TE12 e o TE18 é sempre irrisória. Não vale muito a pena gastar vaga de roster num TE assim. Por isso, eu recomendo vendê-lo. Quem sabe você consegue um WR do meu top 50 ou o Tyler Higbee por ele? Já vendi Jonnu em duas ligas redraft que jogo esse ano (Jonnu + M.Sanders por Higbee + M. Davis) (Jonnu + Boyd + T. Patrick por Fant + Shepard + Singletary).

Deebo Samuel, WR

Tudo nesse início de Deebo Samuel é impossível de se manter: número de jardas, número de targets, target share, eficiência. Ora, ele só está conseguindo esses números porque Aiyuk não está jogando e porque George Kittle está tendo target share de 16%. E não precisa nem ser torcedor dos 49ers, como eu sou, para poder afirmar que Aiyuk voltará a ser titular (não necessariamente como WR1 do time, mas alguma produção sim) e que Kittle terá target share acima de 20%. Some o fato dos 49ers não serem um time que gosta de passar a bola e que Deebo se lesiona com frequência e Deebo vira uma venda óbvia. No entanto, alguns vão pensar que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, e que se ele produziu bem em duas semanas seguidas, isso é uma tendência. Não se engane! 

Outros jogadores para venda:

Tom Brady (só fez o que fez porque enfrentou Dallas e Atlanta), Ezekiel Elliott (risco extremo, fuja se possível), Ty’Son Williams (comitê de 3 RBs num time em que RBs recebem poucos passes), Melvin Gordon (seu papel só cairá ao longo do ano), Terry McLaurin (Heinicke é inimigo do passe preciso, QB fraco, não se engane com o hype), Tyler Boyd (o Bengals está passando a bola muito, mas muito menos vezes que o esperado), Brandon Aiyuk (56% dos snaps na semana 1 e 59% na semana 2), Robert Tonyan (se encontra na faixa de produção de Jonnu Smith e enfrenta muita competição por targets).

RANKING PARA O RESTO DA TEMPORADA

Abaixo segue o link para o Ranking do Resto da Temporada, dividido em prateleiras (tiers)!

https://docs.google.com/spreadsheets/d/13f2HXzXVqgOh6CQmT5tEBWfcDOI8doOOGE_q1u7FaDc/edit?usp=sharing

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Análise Destaque

Valor de troca e Ranking para o resto da temporada – Semana 1

Em todo início de temporada, vejo os jogadores de fantasy evitando ao máximo SUPERESTIMAR os acontecimentos da semana 1, e pouquíssimos com medo de estarem SUBESTIMANDO os acontecimentos da semana. Erro crasso. Nem todo jogador que explode na semana 1 acaba sendo como Sammy Watkins em 2019 e 2020. Muito pelo contrário: a grande maioria dos breakouts de uma dada temporada já dá sinais de grandeza no seu primeiro jogo do ano. 

Por isso, o jogador de fantasy inteligente entende que o momento pós semana 1 é o segundo mais importante do ano (perdendo para o draft, claro) e aproveita essa época para fortalecer ainda mais o seu time, tanto pelas waivers quanto pelas trocas. 

Agora é hora de ser agressivo nessas duas oportunidades de melhora do time antes que o mercado se estabilize. A ideia de “esperar algumas semanas” para ter certeza de como a temporada irá se desenrolar é contraproducente, afinal, quando todos já sabem quem são os breakouts do ano, os seus preços irão subir e a sua janela de oportunidade terá ido embora. 

Aliás, por ser este início de temporada o momento em que há mais incerteza sobre os jogadores, é esse o momento onde há maior possibilidade de ganho nas trades. Pois esse é o momento onde você consegue adquirir os breakouts enquanto eles estão baratos.

Contexto

Após a week 1 do ano passado, você viu o Buffalo Bills sendo um dos 3 times mais pass-heavy da liga (o que foi uma surpresa tremenda) e Stefon Diggs tendo 9 targets e fazendo 16 pontos. Os sinais do breakout de Diggs estavam lá, e nesse momento ele custava preço de WR25. Três semanas depois, o preço já era de WR10. Lá se foi sua janela de oportunidade de adquirir o WR2 de 2020.

Ou melhor ainda: na semana 1 de 2020, você viu James Robinson jogando 70% dos snaps – número fantástico que caso mantido no ano todo praticamente lhe garantiria um ano entre o top 15 de RBs – mas pontuando somente 10 pontos. O preço era de RB30, o mesmo do Melvin Gordon na semana 1 de 2021. Mas você não fez propostas por ele, quis esperar algumas semanas para confirmar se ele continuaria tendo volume…

Pois é, fugir de trocas na semana 1 (e na 2, e na 3) é besteira. Especialmente num jogo no qual só temos um campeão entre 12 participantes, ser conservador é um tiro no pé. Enquanto o conservador não faz trocas – ou arrisca pouco nas waivers – uns dois ou três na liga estão arriscando, e, provavelmente, um desses acabará tornando seu time fortíssimo.

Arrisque!

Se você está lendo o BrFF, provavelmente é um dos jogadores mais bem-preparados da sua liga. Então procure trocas envolvendo suas apostas de breakouts e não tenha medo de aceitar propostas que você pensa estar recebendo o melhor lado. Mesmo se esse melhor lado for apenas “pouco melhor” do que o que você receberá. 

Se você, bom jogador, fizer 10 trocas recebendo o lado que lhe parece “só” um pouco melhor, chances são que você ganhará 7 ou 8 dessas trades. No longo prazo isso compensa, você terá perdido algumas (poucas), mas terá ganhado a maioria. E em algumas dessas, terá feito seu time se separar do pelotão e se estabelecer como o melhor time da liga. E o primeiro lugar é o que importa, não é?

Dito isso, agora só resta identificar quais pontuações altas da semana 1 são ruído (aquelas que não se manterão ao longo do ano) e quais são presságio do que está por vir. É claro que isso não é tão fácil, mas é aqui que eu entro para te ajudar. Vou te mostrar que nem todo jogador que pontuou bem deve ser vendido, e que nem todos que decepcionaram devem ser comprados em baixa. Alguns devem, sim, ser comprados em alta (alô Mike Williams) pois seu valor continuará subindo. É o que Diggs e Robinson nos mostraram no ano passado. 

Então vamos lá!

JOGADORES PARA COMPRA

Compra da Semana – Chris Carson, RB

Primeiramente, preciso dizer que o gabarito quando se trata de “RBs para comprar” é a porcentagem de snaps que o RB jogou na semana 1. Eu disse isso na live de 14/09, e repito: quanto mais snaps o RB joga, mais chances de correr e receber ele terá, portanto a % de snaps é a coisa mais importante que você deve estudar na semana 1.

Já li um estudo que provava que a porcentagem de snaps era a coisa que mais correlacionava com a pontuação do RB, mais até do que número de carregadas, targets ou oportunidades. Se você é um jogador de fantasy sério, por favor, abra o Pro Football Reference ou o lineups.com e olhe as snap counts dos running backs. Eu não consigo enfatizar o quanto isso é importante. 

Mas se quer provas, te dou. David Montgomery foi o RB4 de 2020 porque jogou 80% dos snaps, número altíssimo. Mike Davis foi o RB12 de 2020 porque jogou 70% dos snaps. Myles Gaskin teve média de 16 pontos, que é média de RB1, porque jogou 70% dos snaps. Enfim, se o cara joga mais de 70% dos snaps, pode saber que ele vai pontuar bem.

E é por isso que Carson é o buy da semana

Até porque nós já sabemos o jogador regular que é Chris Carson: ele teve médias de 14.1, 15.0 e 15.5 nos seus últimos 3 anos, que são médias de RB2 alto. A média mais alta foi a do ano passado, 15.5, e ele fez isso tendo média de 60% de snaps e só superando os 70% em um jogo do ano! Eis que na semana 1 de 2021, ele joga incríveis 77% dos snaps.

E isso num ataque super produtivo, que deve ser top 8 na liga em touchdowns. A cereja no bolo vem do fato de que o novo coordenador ofensivo de Seattle é Shane Waldron, discípulo de Sean McVay. É que McVay sempre prefere correr ao invés de passar perto da goal line, então seus RBs sempre tem muitos TDs corridos. Eu não acho só possível, mas provável, que Carson tenha 10 TDs corridos no ano.

Joe Mixon, RB

Mixon virou bell-cow! Minha previsão pré-draft de que “Mixon é o melhor valor na posição de RB em 2021” parece ter se concretizado. O jogador jogou 78% dos snaps, teve 4 targets, 29 carregadas e liderou a NFL em toques na semana 1. Além disso, ele esteve em campo em 70% das jogadas em que o Bengals tentou passes (em 2020 esse número era de 54%), o que mostra que agora ele não sai tanto do campo em situações de passe. Não tenho o menor medo de que esses números mudem muito na semana 2, pois eles estão de acordo com o que os técnicos falaram repetidas vezes na offseason. Por fim, o PFF amou sua partida, colocando-o em 4° lugar na NFL em rushing grade. Jogando num ataque que deve produzir muito bem, Mixon já está no meu top 5 de RBs para o resto da temporada.

Rob Gronkowski, TE

Muitos estão tratando Gronk como um jogador para se vender na alta. Eu não sou um desses. Afinal, Gronk teve 8 targets num time que mostrou ter um ataque de passe super potente, e Brady parece ainda não ter sentido a idade. O principal motivo de eu estar comprando Gronk é que ele jogou 87% dos snaps e correu rotas em 74% dos passes (em 2020 esses números foram 75% e 61%, respectivamente), o que mostra que será importante no ataque. Além disso, todos sabem que ele é um favorito de Brady, especialmente na redzone, então pode ter mais de 8 TDs no ano. Por fim, pode ser que ele tenha voltado a ser o velho Gronk, após um 2020 em que não estava no auge da forma física. O PFF concorda: em 2020 a nota de Gronk foi de 72, enquanto na semana 1 de 2021 foi de 83.

Mike Williams, WR

Como garantir que a explosão de Williams na semana 1 não é apenas ruído? Basta perceber que ele foi utilizado de forma muito diferente. Nos anos anteriores, a média de seus targets era de 15 jardas, o que mostrava que ele era usado principalmente em profundidade. Na semana 1, foi de 10 jardas. Isso vai de acordo com o que o OC Joe Lombardi dizia sobre Williams, que é que ele faria o papel do Michael Thomas nos Saints (Lombardi veio dos Saints) e que a bola sempre acaba achando o X receiver nesse esquema que agora estava chegando aos Chargers. Williams teve 12 targets na semana 1, e eu creio que sua utilização se manterá alta. O potencial de WR top 20 é evidente.

Tyler Higbee, TE

Ano passado, Higbee era a aposta da moda para ser breakout entre os tight ends. Isso não se concretizou, e o motivo principal é que ele só correu rotas em 51% dos passes que o Rams tentou. Ou seja, ele não foi recebedor (e, sim, essa estatística de porcentagem de rotas é muitíssimo importante para TEs). Comparativamente a um TE que corre 95%, como Logan Thomas, é como se Higbee só jogasse dois quartos por semana enquanto Logan joga um jogo inteiro.

Mas nesse primeiro jogo do ano, Higbee correu rotas em 95% dos passes que Stafford tentou. Além disso, jogou 100% dos snaps e teve 6 targets, para uma target share acima de 20%. Isso num jogo em que Stafford não precisou passar muito a bola.

Chase Edmonds, RB

Edmonds joga num comitê no qual é o óbvio recebedor de passes, então podemos afirmar que ele enfrentou o pior game-script possível na semana 1, quando o Cardinals liderou com folga a partida inteira. Entretanto, nesse pior cenário possível, Edmonds teve 12 carregadas e 4 targets, jogando 58% dos snaps e fazendo 14.6 pontos. Se esse é o pior cenário, imagina o melhor, que é quando o Cardinals estiver correndo atrás do placar e passando muito a bola. Isso deve acontecer com alguma frequência, considerando que o time joga na divisão mais difícil da NFL e que a defesa não é boa. Eu vejo Edmonds como um D’Andre Swift um pouco mais barato e pior, mas a comunidade parece não ter percebido isso ainda. Por fim, eu me surpreenderia demais se Conner jogasse os 16 jogos do ano. Uma lesão de Conner abriria caminho para alguns jogos extraordinários de Chase.

DeVonta Smith, WR

Por que Smith só estava sendo draftado como WR35? Ora, porque ele é calouro (então não sabíamos se ele joga bem nem se seria o WR1 do time) e porque nos questionávamos se o Eagles seria um time muito run-heavy ou se Hurts seria bust. Mas agora, após a semana 1, não há mais motivos para ter Smith fora do top 30. Ele foi o WR1 dos Eagles e jogou muito bem, conquistando nota 77 no PFF no seu primeiro jogo como profissional.

Para referência, Aiyuk, Lamb e Higgins tiveram notas entre 75 e 80 no seu primeiro ano na liga. A outra questão era sobre o modo de jogo do Eagles, e o time mostrou ser muito mais pass-heavy do que pensávamos. Tentaram 35 passes e tiveram 264 jardas de passe num jogo em que lideraram com folga por muito tempo. As analytics colocaram o Eagles como um dos 15 times mais pass-heavy (ajustado para game-script) da semana 1. E sobre Hurts, não há mais tanta desconfiança.

Outros jogadores para compra

Aaron Jones (estava tendo mais de 70% dos snaps antes do Packers tirar titulares do campo), Najee Harris (100% dos snaps), Darrell Henderson (94% dos snaps), Mike Davis (75% dos snaps), Calvin Ridley (compra em baixa), Diontae Johnson (teve 10 targets ou mais em 11 dos 13 jogos em que ficou saudável desde o ano passado), Ja’Marr Chase (liderou o Bengals em rotas e snaps, já aparenta ser o WR1), DJ Chark (a defesa ruim do Jaguars forçará o ataque a passar muito a bola, e Chark e Marvin são os dois WR principais), Elijah Moore (empatou com Corey Davis em air yards, teve uma recepção de 20 jardas e uma “quaaase recepção” de 50 anuladas por faltas), Josh Allen (mesmíssima situação de 2020, compra na baixa, enfrentou defesa excelente), Lamar Jackson (compra na baixa, será obrigado a correr muito em 2021 após lesões dos RBs)

JOGADORES PARA VENDA

Venda da Semana – Robby Anderson WR

Robby teve 3 targets e 1 recepção na semana 1, mas fez 12.7 pontos porque sua recepção única foi um TD de 57 jardas. O que me assusta é o target share de 8%, especialmente se considerarmos que ele não tem muita chance de ser top 2 nesse time em targets. DJ Moore é o WR1, e McCaffrey teve 142 targets no seu último ano saudável, além de ter tido 9 na semana 1. Se a terceira opção dos ataques de Bengals, Steelers ou Buccaneers não são tão atraentes assim, o que dizer da terceira opção de um time que tem Sam Darnold de QB e deve marcar bem menos TDs?

Por fim, tenho medo da evolução de Terrace Marshall, que joga 70% dos snaps no slot e teve o dobro de targets de Robby já na sua estreia. Afinal, sabe-se que WRs calouros veem sua produção aumentar em 50% na segunda metade da temporada (comparativamente à primeira metade). Pode ser que Robby seja a quarta opção dos Panthers na época dos playoffs do fantasy.

Dak Prescott, QB

Draftei muito Dak, mas ele é um bom exemplo de venda na alta. O QB fez 32 pontos na semana 1 e continuou sua boa fase da temporada passada, mas ele não vai passar tantas vezes em todas as partidas. Até porque ele só teve 3 passes completos a menos do que o recorde da história da NFL em temporada regular. O que me preocupa é que Dak correu apenas 4 vezes para 13 jardas na semana 1. E nós sabemos que o segredo para que QBs terminem o ano com pontuação excelente é correr com a bola ou ter número absurdo de TDs.

E nós temos certeza que Dak irá esmagar no número de TDs de passe da maneira que Brady e Rodgers esmagam? Eu não tenho. Mas veja bem, eu gosto de Dak e ele é meu QB5 para o resto da temporada. Só que trocar Dak por Josh Allen, Lamar Jackson ou Russell Wilson + um troco extra seria excelente. E eu acho que nesse momento da temporada conseguir essas trades é algo bem possível.

Mike Gesicki, TE

Eu avisei! Gesicki era minha maior aposta de bust no pré-draft, sendo a provável quarta opção de passe de um ataque que não aparentava ser ultra-produtivo no jogo de passe. Após um jogo em que teve zero recepções e ficou bem atrás de Waddle e Parker em targets (Fuller ainda retornará na semana 2), esse cenário aparenta ser muito real.

O pior de tudo é que ele passou a dividir snaps com Durham Smythe, então nem mesmo é o único TE dos Dolphins nesse ano. Smythe jogou 70% dos snaps e correu rotas em 52% dos passes, enquanto Gesicki jogou 39% dos snaps (não digitei errado) e correu rotas em 59% dos passes. Esse último número, que é importantíssimo para TEs, era 73% no ano passado, e caiu 14%, estando agora fora do top 25 da NFL. Se você conseguir qualquer coisa por Gesicki, já vale a pena. Eu nem mesmo o considerei para a vigésima posição no meu ranking de TEs.

Outros jogadores para venda

Nick Chubb (52% dos snaps num jogo que o Browns liderou), David Montgomery (59% dos snaps e Damien Williams é o recebedor principal), James Robinson (Hyde teve mais carregadas e roubará muito volume), Melvin Gordon (jogou 50% dos snaps e esse número só deve cair com o amadurecimento de Javonte), DJ Moore (análise parecida com a de Robby Anderson), Deebo Samuel (torço para os Niners e duvido que ele seja a primeira opção de passes do time), Gerald Everett (dividiu snaps com Dissly e correu menos rotas que este).

RANKING PARA O RESTO DA TEMPORADA

Abaixo segue o link para o Ranking para o Resto da Temporada, dividido em prateleiras (tiers)!

https://docs.google.com/spreadsheets/d/13f2HXzXVqgOh6CQmT5tEBWfcDOI8doOOGE_q1u7FaDc/edit?usp=sharing

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Análise

Ranking BRFF 2.0: Top 10 QBs

Para 2021, o consenso quando se trata de ranquear quarterbacks é que existe um top 5 muito claro e que depois disso a situação fica mais embaçada. A nossa redação concorda com esse consenso. Os cinco QBs do topo (Mahomes, Allen, Murray, Prescott e Jackson) foram consistentes estando no top 5 do ranking individual de quase todos os nossos redatores, e são escolhas que trazem pouco risco.