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Análise

NFL Draft 2024: Landing Spots

Finalmente sabemos onde os principais prospectos calouros caíram! Agora é hora de analisar caso a caso e saber quem tem melhores condições de brilhar desde a largada de suas respectivas carreiras.

Ótimo

  • Caleb Williams: chegar num time com D.J. Moore, Keenan Allen e Rome Odunze (rookie) para desenvolver a carreira é algo raro de se ver, portanto é de se esperar que Williams tenha um ano, no mínimo, mediano.
  • Marvin Harrison: principal recebedor de longe e tendo um dos poucos franchise QB que, além de correr, não esquece seus wide receivers.
  • Malik Nabers: mínima competição por alvos que, aliada a um capital de draft altíssimo, faz de Nabers um rookie projetado para ter muito volume.
  • Keon Coleman: jogando com Josh Allen, sua maior competição é o tight end Dalton Kincaid. Não deve ser muito difícil ter um papel assegurado na equipe.
  • J.J. McCarthy: assim como Caleb, chega num ataque estruturado para lhe dar confiança.

Bom

  • Drake Maye: apesar de cair numa equipe que está em reconstrução, Maye certamente terá tempo e apoio da franquia para desenvolver seu potencial. Alguns recebedores vieram com ele nesse draft como sinal de que querem ver o jovem QB crescer como profissional.
  • Blake Corum: no esquema de Sean McVay, qualquer skill player pode prosperar. Isso, somado a um RB1 de dia 3 em Kyren Williams, faz com que Corum seja capaz de liderar o backfield dos Rams.
  • Malachi Corley: para além de Garrett Wilson e Breece Hall, não há briga por alvos sem que os demais jogadores dos Jets passem por Corley, que terá Aaron Rodgers como passador.
  • Trey Benson: por melhor que seja, James Conner não vai jogar para sempre e ainda sofre com lesões.
  • Michael Penix: Cousins é plano de curto prazo, e o time quer que o calouro assuma o ataque num ponto futuro de seu contrato de calouro.
  • Xavier Worthy: jogar é sempre bom ser alvo de Patrick Mahomes; isso, aliado ao maior draft capital de um recebedor dos Chiefs desde que o QB se tornou titular faz de Worthy um candidato a breakout desde cedo.
  • Ladd McConkey: os Chargers, em plena reconstrução, não terão Keenan Allen nem Mike Williams como recebedores do time; assim McConkey chega num vácuo de alvos. Resta saber o impacto de Greg Roman no ataque de LA.
  • Jonathon Brooks: apesar de lesionado, Brooks chega como claro RB1 dos Panthers — Miles Sanders e Chuba Hubbard terão toques na bola, mas não é de se esperar que ofereçam grande oposição ao calouro.
  • Ben Sinnott: um QB calouro precisa de alvos fáceis, e Sinnott é um tight end caro (segunda rodada), o que sugere presença razoável em campo.
  • Roman Wilson: um wide receiver draftado por Pittsburgh precisa de atenção, e, depois de George Pickens, todos os alvos são disputáveis.
  • Jaylen Wright: sabemos que há muitos RBs em Miami, mas Wright pode se encaixar nesse comitê e se firmar — Mostert já passou dos 30 anos de idade e De’Von Achane já perdeu jogos por lesão.

Neutro

  • Brian Thomas: os Jaguars não terão Calvin Ridley nem Zay Jones em 2024, o que abre espaço significativo para Thomas buscar alguns alvos em seu primeiro ano. Porém seu sucesso não será fácil tendo Christian Kirk e Evan Engram.
  • Audric Estime: capital de draft é baixo, mas ele chegou num time em que ninguém inspira confiança (Javonte é talentoso, mas já sofreu com lesão; Samaje Perine é um reserva; Jaleel McLaughlin já deu flashes, mas também é outro RB de baixo pedigree).
  • Rome Odunze: se eu escrevesse esse artigo ano passado, colocaria Jaxon Smith-Njigba na seção “ruim”, chegando num time com Metcalf e Lockett. Odunze, no entanto, veio não só com capital de draft alto, como também junto a Caleb Williams, seu QB por alguns anos.
  • Brock Bowers: tight end de primeira rodada é ótimo; tight end nos Raiders (Davante, Jakobi, QB a definir), nem tanto. Entretanto, o talento de Bowers pode levá-lo a fazer de Las Vegas ou qualquer outro lugar um landing spot bom, basta fazer por onde.
  • Ricky Pearsall: wide receiver de primeira rodada num excelente ataque. A pergunta é: Brandon Aiyuk sai ou fica? Se sair, abre-se uma janela de oportunidade neste ano, senão a curva de aprendizado será mais longa.
  • Xavier Legette: o head coach Dave Canales é o fator mais animador para qualquer jogador de ataque dos Panthers. Contando que o treinador faça Bryce Young subir de nível, Legette pode ser um achado, mas hoje o ponto de partida dele é naturalmente mais baixo que de outros wide receivers.
  • Ja’Lynn Polk / Javon Baker: a dupla dos Patriots chega numa casa sem paredes, mas com um QB top 3 do draft, assim ambos podem conquistar o topo do depth chart, especialmente Polk.
  • Adonai Mitchell: cotado para sair na primeira rodada, Mitchell saiu no fim da segunda, o que ainda é um lugar ok para wide receiver. Ele chega para buscar o posto #2 de alvos dos Colts, que carecia de um recebedor bom ao lado de Michael Pittman.
  • Troy Franklin: a preocupante queda do recebedor dos Broncos para o começo da quarta rodada é um mistério, ainda assim Denver não tem nada além de Courtland Sutton (por pouco tempo) para ser alvo de Bo Nix / Jarett Stidham.
  • Bucky Irving: talvez a baixa eficiência de Rachaad White (3.6 jardas por carregada em 2023) tenha aberto os olhos dos Bucs para buscar alguém que traga um diferencial. No entanto, as notas de atleticismo de Irving preocupam quem olha exclusivamente para estes detalhes.

Ruim

  • Jayden Daniels / Luke McCaffrey: Washington está arrumando a casa inteira e o melhor alvo para Daniels será Terry McLaurin. McCaffrey é alvo novo que terá suas dificuldades naturais de ter volume com um QB calouro.
  • Bo Nix: ele talvez seja a situação mais próxima à de um QB escolhido numa 1.01 de draft da NFL: um time de campanha ruim e despedaçado. Fora que a própria expectativa para um QB na pick 12 (sem trade up) não é a mesma de um QB que sai no top 5, por exemplo. Poderíamos dizer o mesmo para J.J. McCarthy, mas é visível a diferença nos elencos de apoio.
  • Isaac Guerendo: começar a carreira como reserva de Christian McCaffrey nos 49ers exige muita resiliência e sangue nos olhos a cada snap em campo.
  • MarShawn Lloyd: os Packers contrataram Josh Jacobs e, mesmo que A.J. Dillon não seja um fator, Lloyd terá pouco espaço (ainda que algum) para contribuir no time.
  • Jermaine Burton / Erick All: o wide receiver e o tight end, embora tenham a Joe Burrow como passador, chegam num time com alvos primários bem definidos (Chase / Higgins até o momento em que escrevo).
  • Tip Reiman: o tight end dos Cardinals será reserva de Trey McBride, que explodiu na segunda metade de 2023 e provavelmente será o segundo alvo de Kyler Murray.
  • Braelon Allen / Isaiah Davis: dois running backs que chegam para disputar toques com Breece Hall, apenas.

Por Rui Maurício

Editor-chefe, autor de "IDP em Detalhes", co-fundador do BrFF e entusiasta de analytics.