Menu fechado

Comentários sobre a Free Agency 2024

Num dos meses de março mais agitados dos últimos tempos, a temporada 2024 começou (ao menos administrativamente) com muitos movimentos relevantes para fantasy, especialmente entre running backs, e que já nos dá pistas de o que os times pretendem fazer no próximo draft, assunto que pretendo explorar mais adiante. Aqui o foco é no que muda com os veteranos.

  • Ao lado de cada nome, entre parênteses, estão os novos times / anos de contrato / valores em milhões de dólares.
  • Este artigo será atualizado conforme jogadores relevantes assinarem com novos times.

Quarterbacks

  • Kirk Cousins (Falcons / 4 / 180). Um dos movimentos mais antecipados da FA aconteceu e isso é benéfico especialmente para Drake London e Kyle Pitts, que agora terão um passador de verdade. O ataque de Atlanta vai ganhar volume e estabilidade se comparado aos anos de Marcus Mariota e Desmond Ridder.
  • Gardner Minshew (Raiders / 2 / 25). Minshew não fica em Indy e vai servir de complemento a um novo (e provável calouro) QB1 de Las Vegas ou assumir o bastão em uma transição mais tardia.
  • Sam Darnold (Vikings / 1 / 10). Darnold será a ponte para o próximo franchise QB de Minnesota, e a minha questão é: em qual semana o calouro assume a titularidade?
  • Jacoby Brissett (Patriots / 1 / 8). Brissett deve ser o backup do QB que sair na pick #3 (provável), ou ser o titular caso New England não goste dos principais prospectos da classe (improvável).
  • Marcus Mariota (Commanders / 1 / 6). Mariota será o reserva imediato daquele que sair na pick #2 de Washington.
  • Russell Wilson (Steelers / 1 / 1,2). Com um montante enorme a ser pago pelos Steelers, Wilson deve ser o titular no precinho para Pittsburgh, que não viu Kenny Pickett se desenvolver o bastante para impedir este movimento.
  • Justin Fields (Steelers, troca). QB room de Pittsburgh totalmente renovado com o ex-titular dos Bears. Fields não se desenvolveu o suficiente em Chicago, mas terá nos Steelers um lugar para competir por titularidade enquanto trabalha seu jogo aéreo em um novo cenário.
  • Kenny Pickett (Eagles, troca). Dois anos como titular em Pittsburgh e a escolha-geral #20 de 2022 já tem novo time. Pickett será apenas reserva imediato de Jalen Hurts.
  • Sam Howell (Seahawks, troca). Howell, que seria naturalmente um postulante a QB2 dos Commanders, encontra um lugar para brigar de novo para ser titular, já que Geno Smith se aproxima do fim da carreira e não é um exímio talento nem é QB1 certo para o novo comando do time.

Running Backs

  • Josh Jacobs (Packers / 4 / 48). Movimento inesperado (a saída de Aaron Jones era após o time pedir o segundo corte salarial seguido). Jacobs chega com um backfield limpo de qualquer competição e num ataque jovem e forte.
  • Saquon Barkley (Eagles / 3 / 37). Barkley chega para descansar as pernas de Jalen Hurts e reviver o backfield do ataque de Philadelphia, que não surtiu grande efeito com D’Andre Swift, que fez mais fama por seu jogo aéreo que corrido.
  • Tony Pollard (Titans / 3 / 24). Tennessee investe num RB1 mais novo e barato que Derrick Henry para formar backfield com Tyjae Spears. Será bem interessante ver como eles vão trabalhar no jogo aéreo, visto que Spears foi quem ocupou este espaço em 2023. Pelo chão, ambos terão competição pelos toques.
  • D’Andre Swift (Bears / 3 / 24). Provável líder de um backfield sem dono certo. Se voltar a ser relevante no jogo aéreo, terá contribuição relevante no ataque, senão será apenas mais um nome em Chicago.
  • Devin Singletary (Giants / 3 / 16,5). Custando quase metade do que Saquon assinou em Philly, Singletary não é RB1 certo em setembro, portanto qualquer adição de dia 2 já é grande candidato a ser o líder do backfield em dezembro.
  • Derrick Henry (Ravens / 2 / 16). O nome é grande e o fit é ótimo: Baltimore ganha um nome certo na goal line, que deve minimizar riscos e a pressão sobre Lamar Jackson.
  • Joe Mixon (Texans, troca). O ex-Bengals quase foi cortado e acabou trocado para Houston por uma escolha de sétima rodada. Mixon vai para sua oitava temporada competir com Dameon Pierce e/ou um calouro pelos toques na bola.
  • Antonio Gibson (Patriots / 2 / 11,2). Gibson caiu de produção nas últimas duas temporadas e encontra um recomeço bem-vindo em New England. Com seu potencial no jogo aéreo, pode reduzir a presença de Rhamondre Stevenson em campo.
  • Austin Ekeler (Commanders / 2 / 8,3). Ekeler vem para o lugar de Antonio Gibson, custando menos por ser mais velho, e ainda tem lenha para queimar como membro secundário do backfield, hoje liderado por Brian Robinson, que é mais focado nas corridas.
  • Zack Moss (Bengals / 2 / 8). Depois de uma temporada de sucesso nos Colts com e sem Jonathan Taylor, Moss segue o reboot da carreira em Cincinnati, que dispensou Joe Mixon após sete temporadas. O novo bengal dividirá atenções com o segundanista Chase Brown.
  • Aaron Jones (Vikings / 1 / 7). Minnesota apostou na lei do ex para trazer um jogador bom e barato. Jones terá Ty Chandler como principal companheiro enquanto o draft não acontece, e ambos devem ser um comitê para aliviar a pressão do próximo QB1.
  • Gus Edwards (Chargers / 2 / 6,5). Embora não seja um protótipo de RB1, “The Bus” é notório por seu talento na goal line. Ele deve receber companhia do draft e, a depender do capital investido no calouro, Edwards pode sonhar com um pequeno protagonismo no backfield.

Wide Receivers

  • Calvin Ridley (Titans / 4 / 92). O ex-Jaguars pula o muro na divisão e vai jogar pelo rival de Tennessee. Ridley é um reforço necessário ao jovem QB Will Levis.
  • Keenan Allen (Bears, troca). O surpreendente movimento (embora não o seja financeiramente) cria ainda mais expectativas sobre o que pode ser o primeiro ano de Caleb Williams na NFL (ou o QB que os Bears gostem mais no draft). Não se espera muito de um wide receiver na idade de Allen (terá 32 anos na próxima temporada), porém ele pode ocupar muito bem um dos dois principais postos de recebedor do time, ainda mais oposto a D.J. Moore.
  • Marquise Brown (Chiefs / 1 / 7). Hollywood aceitou um minicontrato para jogar pelo atual campeão e buscar um contrato de verdade na temporada seguinte. Para quem aposta em Rashee Rice, o investimento baixo em Brown é uma boa notícia.
  • Darnell Mooney (Falcons / 3 / 39). Situação boa para Mooney que perdeu espaço para D.J. Moore em Chicago: com Kirk Cousins de QB, os passes serão mais precisos e em maior quantidade, porém a competição será mais acirrada por alvos, portanto Mooney projeta para ser, na melhor das hipóteses, o terceiro alvo do time e, na pior, o quarto, vindo atrás de Bijan Robinson.
  • Gabe Davis (Jaguars / 3 / 39). Os Bills estão limpando a casa e a inconstância de Gabe vai servir outro time: Trevor Lawrence precisa de ajuda para se desenvolver e Davis promete esticar o campo.
  • Jerry Jeudy (Browns, troca). Jeudy sofreu com os QBs em Denver, mas também não fez por onde. Em Cleveland, ele terá uma oportunidade para recomeçar.

Tight Ends

  • Colby Parkinson (Rams / 3 / 22,5). O jogador desconhecido da maioria chega num time em que tem condições de brigar por alvos como possível terceiro na ordem (após Puka e Kupp), tendo em vista que Tyler Higbee nunca manteve bom patamar nos Rams. Ainda assim o ex-Seahawks é um projeto.
  • Gerald Everett (Bears / 2 / 12). Chicago já tem Cole Kmet, portanto a presença de Everett é negativa para ambos os recebedores, mas certamente será benéfico para o próximo QB1 do time.
  • Will Dissly (Chargers / 3 / 14). O time está em reformulação e Dissly chega para ser um titular de pouco impacto ou um reserva para um dos dois principais nomes vindos do draft, caso LA decida por tomar Brock Bowers ou Ja’Tavion Sanders na próxima seleção de calouros.
  • Zach Ertz (Commanders / 1 / 5). O experiente Ertz certamente será útil ao próximo QB titular de Washington, embora não seja grande a expectativa de produção do jogador.
  • Mike Gesicki (Bengals / 1 / 3,5). O veterano, famoso por ser apenas um recebedor, chega bem barato para reforçar o grupo de recebedores de Joe Burrow. Na melhor das hipóteses, será bem presente na redzone.