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Análise

NFC North – Impacto dos Calouros 2022

Minnesota Vikings

Escolhas: Ty Chandler (RB, 5.169), Jalen Nailor (WR, 6.191), Nick Muse (TE, 7.227)

Impacto – Baixíssimo capital de draft e concorrência ferrenha com nomes mais do que estabelecidos em um ataque que costuma concentrar oportunidades para as estrelas titulares fazem com que esses três nomes sejam meros complementos de elenco com perto de zero relevância para o fantasy.

Chicago Bears

Escolhas: Velus Jones (WR, 3.71), Trestan Ebner (RB, 6.203)

Impacto – Numa escolha absolutamente incompreensível para este pobre torcedor que vos escreve, os Bears optaram pelo “idoso” Jones (chegará já com 25 anos à NFL) em detrimento de nomes como Jalen Tolbert e David Bell. De qualquer forma, o velocista chega a um ataque bastante defasado em termos de armas de qualidade para (o coitado) Justin Fields, o que faz com que seja uma boa aposta de quarta rodada de drafts de rookies para que possua algum volume de targets já em sua temporada de calouro.

Ebner, contudo, tem uma batalha árdua para que alcance qualquer tipo de relevância, pois, além do baixo capital de draft, terá a concorrência do workhorse David Montgomery e do promissor reserva imediato Khalil Herbert.

Green Bay Packers

Escolhas: Christian Watson (WR, 2.34), Romeo Doubs (WR, 4.132), Samori Toure (WR, 7.258)

Impacto – Depois de um dia 1 no qual muitos torcedores saíram decepcionados por não terem visto o nome de nenhum wide receiver sendo chamado em alguma das duas escolhas que Green Bay detinha no primeiro round, a franquia agressivamente subiu para o topo da segunda rodada para garantir o polarizante Christian Watson. Talvez o maior boom ou bust dessa classe para o fantasy, o novo camisa 9 dos Packers é um unicórnio atlético de combinação altura/velocidade absolutamente insana e que arrepiou com o Combine, chegando a um landing spot premium para quem acabou de viu vagar a absurda target share de Davante Adams recebendo passes do atual bi-MVP da liga. Por outro lado, sua procedência de uma universidade de “segunda divisão” e sua aparente crueza técnica em correr rotas – o que, registra-se, não foi visto por muita gente que acompanhou o Senior Bowl e elogiou o prospecto nesse aspecto – são as chamadas “red flags”, acompanhadas do fato de que Aaron Rodgers não costuma catapultar os números de recebedores calouros, muito embora nunca tenha vivenciado situação parecida com a atual, em que seu claríssimo alfa acaba de sair do time. Este redator prefere ver o copo meio cheio e confia em Watson como um dos calouros com maior potencial de impacto imediato para o fantasy, agressivamente ranqueando-o como WR3 da classe uma vez definidos os destinos de todos os rookies.

Os outros dois recebedores draftados pelos cabeças de queijo – Doubs e Toure – passam longe do capital investido em Watson e devem servir, no máximo, como complementos, assim como foi o caso de Marquez Valdes-Scantling e Equanimous St. Brown nos últimos anos.  

Detroit Lions

Escolhas: Jameson Williams (WR, 1.12), James Mitchell (TE, 5.177)

Impacto – Desembarcando em um destino que pouquíssimos imaginavam antes do Draft, Williams, que é o mais rápido e explosivo recebedor da classe, deve ter garantido todo o tempo necessário para que se recupere da lesão de ligamento do joelho sofrida na final do College e chegue tinindo ao nível profissional. Dito isso, fica a expectativa para saber quem será seu franchise quarterback, já que Jared Goff não parece ser a resposta. Ele certamente se beneficiaria de alguém com braço forte e sem restrições na hora de lançar passes em profundidade. Portanto, Jameson é alguém que requer paciência em dynasty, mas pode render frutos maravilhosos no médio e longo prazo.

Concorrendo com T.J. Hockenson, Mitchell não tem capital de draft relevante e deve servir muito mais como bloqueador. Nada a se ver por aqui.

Por André Amaral

Tão são-paulino torcedor de arquibancada, quanto fanático por fantasy de olho nas multitelas e no NFL RedZone do GamePass. Sempre em busca de estar um passo à frente das tendências que acabam se tornando verdades absolutas, pois pensar fora da caixinha pode ser a chave para o título. Tem a convicção de que, quem acha Cartola bom, nunca jogou Fantasy